Cinel (2003), no artigo “Disgrafia. Prováveis causas dos distúrbios e estratégias para a correcção da escrita” apresenta alguns indicadores que permitirão identificar, com segurança, crianças com disgrafia:
- rigidez no traçado – o aluno pressiona demasiado o lápis contra o papel;
- relaxamento gráfico – o aluno pressiona debilmente o lápis contra o papel;
- impulsividade e instabilidade no traçado – o aluno demonstra descontrole no gesto gráfico; o traçado é impulsivo, apressado, confuso, com a escrita irregular e instável;
- lentidão no traçado – o aluno demonstra um traçado arrastado, lento, tornando evidente um grande esforço de aplicação e controle;
- dificuldades relativas ao espaçamento – o aluno deixa espaço irregular (pequeno ou grande demais) entre letras, palavras; não respeita margens; amontoa letras;
- dificuldades relativas à uniformidade – o aluno escreve com letras grandes demais (macrografia) ou pequenas demais (micrografia) ou mistura ambas; mostra desproporção entre maiúsculas e minúsculas e entre as hastes;
- dificuldades relativas à forma das letras, aos ligamentos e à inclinação – o aluno apresenta deformação no traçado das letras; evidencia falta de ligamentos entre as letras; inclina-as demasiadamente para a esquerda, para a direita ou para ambas as direcções.
Com base nestas informações, poderá ser feito um diagnóstico das possíveis dificuldades de seus alunos, fazendo o registo de suas observações na Ficha para Recolha de Dados que a autora sugere.
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