sexta-feira, 9 de abril de 2010

Workshop «Dançoterapia»

No dia 29 de Abril, na Biblioteca Municipal D. Dinis em Odivelas, irá realizar-se um workshop intitulado «Dançoterapia», concebido e realizado pela Terapeuta: Dr.ª Liliana Viegas, da Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos de Odivelas (U.C.C.P.O).
Usar o movimento para comunicar é um dos objectivos prioritários da Dança Movimento Terapia (DMT). Além de redescobrir o potencial criativo através de propostas simples e acessíveis a todas as pessoas, a DMT é um meio de expressão usando o significado simbólico do movimento. Assim sendo, olhar, mover-se, posicionar-se, dar, receber, imitar, ser diferente, serão propostas possíveis através da linguagem não verbal. Essa sessão única, pretende ser uma experiência vivencial para tomar consciência que por vezes dançar é um grande meio de comunicação.
Este workshop é dirigido a professores, educadores, terapeutas, pais, público em geral (mediante marcação).
Mais informações em:
Tel.: 219 345 785 / E-mail: bmdd@cm-odivelas.pt

terça-feira, 6 de abril de 2010

V Congresso Internacional de Neurociências e Educação Especial PsicoSoma



À semelhança do sucedido em anos transactos, a PsicoSoma organiza em Viseu, nos próximos dias 14 e 15 de Maio, o V Congresso Internacional de Neurociências e Educação Especial.
Este congresso surge com o objectivo de apoiar novas projecções e edições técnicas na área da educação especial, sugerindo por isso novos nomes na região, querendo mostrar novas abordagens à Educação Especial a partir do cérebro. O tema deste ano para o congresso é "Learning in Neuroscience" (A aprendizagem vista pelas neurociências).

Mais informações em:
http://www.psicosoma.info/educacao/

I Congresso Nacional de Psicomotricidade


O I Congresso Nacional de Psicomotricidade  terá lugar em Lisboa de 13 a 15 de Maio de 2010 sob o tema “Progressos em Psicomotricidade – Avaliação e Intervenção Psicomotora ao longo do percurso de vida”.

Este Congresso é promovido pela Associação Portuguesa de Psicomotricidade (APP), com a parceria das Instituições de Ensino Superior que asseguram a formação de 1º ciclo em Reabilitação Psicomotora, nomeadamente, a Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, a Universidade Fernando Pessoa – Unidade de Ponte de Lima – Escola Superior de Saúde, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade de Évora e o Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares, do Instituto Piaget.

Mais informações em:

I Seminário Internacional de Animação Sociocultural e Necessidades Educativas Especiais - CHAVES

Programa

Sexta 16 Abril 2010

09.00 Recepção aos Participantes
10.00 Sessão de Boas Vindas
11.30 Conferência Inaugural pelo Prof. Doutor Luís Miranda Correia -Universidade do Minho
O Estado da Arte e os novos desafios da educação de pessoas com necessidades educativas especiais

Painel I
14.30 Horas
Animação Sociocultural, Mobilidade e Bem-Estar
Coordenadora: Dr.ª Mariana Salgado Peres

Dr.ª Helena Berenguer – Agrupamento de Escolas de Marrazes – Leiria /
Prof.ª Doutora Sónia Galinha – Instituto Politécnico de Santarém e CIEUMA – Universidade da Madeira
· A elegibilidade e o processo de supervisão pedagógica no contexto das necessidades educativas especiais – Contributos Empíricos e Reflexões
Dr. Nuno Ferreira Machado – Santa Casa da Misericórdia do Fundão / Prof. Doutor Manuel Loureiro – Universidade da Beira Interior
· A Dislexia - uma abordagem multidisciplinar
Dr.ª Lúcia Oliveira - Investigadora / Prof. Doutor José Carlos Gomes da Costa - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
· A Pré-Escola como factor de protecção para as crianças com necessidades educativas especiais
Dr. Pedro Rilhó
· Modelo de intervenção de qualidade na deficiência mental – A Animação Sociocultural na realidade institucional da APPACDM do Porto
Dr.ª Adalgisa Babo - Agrupamento Vertical Dr. Francisco Gonçalves Carneiro
· A actividade Lúdica como recurso para a Inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais
Prof. Doutor Ricardo Martinez - Instituto Politécnico de Setúbal
· A Razão que a razão desconhece

Poster
Dra. Isabel Piscalho – Instituto Politécnico de Santarém
· Promover a autonomia e a auto-regulação das aprendizagens nas crianças mais novas

Painel II  
17.00 Horas - As Artes como meio de Animação Sociocultural com Pessoas Com Necessidades Educativas Especiais
Coordenador: Prof. Doutor Américo Nunes Peres

Dr.ª Catarina Barbosa - Terapeuta
· A Dança na Animação Sociocultural para Pessoas com Necessidades Educativas Especiais
Prof.ª Doutora Maite Sos – Universidade de Castellon
· O Teatro: novas tecnologias e paralisia Cerebral
Dr.ª Isabel Querido Sá – Associação Portuguesa de Motricidade
· A Musicoterapia e intervenção junto de Pessoas com Necessidades Educativas Especiais
Dr.ª Isabel Lima - Escola Secundária Santa Maria Maior de Viana do Castelo
· As Artes Plásticas na Animação Sociocultural para Pessoas com Necessidades Educativas Especiais
Prof. Doutor Marcelino de Sousa Lopes – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
· Dramoterapia e necessidades humanas: sociais, culturais e educativas

21.30 Horas
Espectáculo de Teatro pelo Grupo de Teatro EL CABALLO COJO NAVAS

Sábado 17 Abril 2010

Painel III
10.00 Horas
A Animação Sociocultural e as Necessidades Educativas Especiais
Coordenador: Prof. Doutor Marcelino de Sousa Lopes

Prof.ª Doutora Teresa Fernandez Rey – Universidade de Oviedo
· A Animação Sociocultural e Intervenção junto de Crianças portadoras de cancro
Dr.ª Mariana Salgado Peres – Doutoranda da Universidade de Santiago de Compostela
· Animação e Participação no Contexto de uma Comunidade Pedagógico-terapêutica
Prof. Doutor Mário Viché – UNED / Dr. Felipe Prades
· Objectivos e estratégias para a normalização em Processos de
Animação Sociocultural: O Caso de Crianças autistas, hiperactivas e com deficiências visuais e auditivas
Dr. Varico Pereira – Investigador
· A Animação Turística com pessoas portadoras de necessidades educativas especiais
Prof. Doutor Victor Ventosa Peres – Universidade Pontifícia de Salamanca e RIA – Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural
- Exercicío Teatral realizado por Pessoas Autistas da Fundação Menela
· A Animação Sociocultural e Intervenção em pessoas e grupos com necessidades educativas especiais
Dr. Gonzalo Berzosa - Doutorando da Universidade Complutense de Madrid / Prof. Doutor. José V. Merino - Universidade Complutense de Madrid
· A Animação Sociocultural com idosos portadores de Necessidades Educativas Especiais
Dr. Joaquim Virgílio - Agrupamento Vertical Dr. Francisco Gonçalves Carneiro
· Ócio e o Tempo Livre nas Pessoas com Necessidades Educativas Especiais

Painel IV
15.00 Horas
Relato de Experiências e Projectos de Animação Sociocultural e Necessidades Educativas Especiais
Coordenador: Dr. José Dantas Lima

Dr.ª Helena Berenguer – Agrupamento de Escolas de Marrazes - Leiria /
Dr.ª Celina Onofre – Agrupamento de Escolas de Marrazes – Leiria /
Prof.ª Doutora Sónia Galinha – Instituto Politécnico de Santarém e CIEUMA – Universidade da Madeira
· Práticas Educativas inclusivas em Educação Permanente –
Projectos Dinamizados no Agrupamento de Escolas de Marrazes - Leiria
Associação Flor do Tâmega
· Experiências de Programas de Intervenção no Alto Tâmega para Pessoas com Necessidades Educativas Especiais
Dr.ª Maria do Céu Dias - APPACDM Vale de Santarém
· Experiências Teatrais com pessoas com deficiência mental
Técnica (o) da Casa de Santa Isabel
· Experiências Pedagógicas inspiradas na Pedagogia Waldorf

18.00 Horas
Conclusões

19.00 Horas
Entrega de Diplomas
Encerramento

Mais informações em:

Sequência Reeducativa da Disgrafia de Pick e Vayer

Mas, como começo a escrever? Complexa tarefa quando não nos ocorre nada, quando a folha está em branco, quando não contamos com nenhum apoio. Que sensação tem a criança? Ao que se enfrenta? (Riaño, 2004)


A intervenção para o tratamento da disgrafia deve ser global e ir de do simples para o complexo (Rivas & Fernández, 1994; Portellano, 1985 cit. por Adelantado, 2004). Picq y Vayer (1977 cit. por Adelantado, 2004), propõem uma sequência reeducativa subdividida en três momentos:

-educação psicomotora geral, que engloba aspectos como a relaxação (global e segmentar), a coordenação sensório-motora, o esquema corporal, a lateralidade e a organização espácio-temporal;
-educação psicomotora diferenciada, que incide sobre a independência do braço e da mão, assim como na coordenação e na precisão dos movimentos das mãos e dos dedos em relação ao grafismo
-exercícios grafomotores ou preparatórios com o objectivo de criar hábitos perceptivo-motores adequados, uma escrita fluída (rítmica) e um grafismo continuado.

Avaliação da Disgrafia



Segundo Arándiga (1998), os instrumentos mais relevantes para avaliar a disgrafia são as seguintes:
- Escala de escrita (Ajuriaguerra, 1973)
- Escala colectiva de observação da escrita (Manso & Rejas, 1996)
- THG: Teste de Habilidades Grafomotoras (Nuñez & León, 1989)
- Language Survey (Woodcoock-Muñoz, 1993)

Uma avaliação precisa é fundamental, uma vez que nos indicará o caminho a seguir durante a intervenção, nomeadamente acerca das necessidades que se deverão contemplar e trabalhar.

Sintomas da Disgrafia



Gordilho (1988), no seu livro “La disgrafia escolar. Escala disgráfica e tratamientos correctivos”, apresenta os principais sintomas disgráficos, respeitantes a incorrecções no traçado dos grafismos.

- Letras irreconhecíveis
É possivelmente a característica com maior incidência na disgrafia. A aparição de diversas letras não identificadas num texto determina a ilegibilidade do mesmo.

- Grafismos que permitem a confusão de letras
A criança realiza um grafismo muito ambíguo que leva à confusão de uns grafemas com outros. Podem surgir estas disgrafias por atrofia ou hipertrofia dos bastões das letras (h, n, p), a desaparição das arcadas (u, n, p, m, h), a eliminação de “caracóis” (b, v) ou não realização das regressões (c, a, g, d, o). Esta confusão acontece frequentemente também em outros grafismos (r, n) ou em determinadas combinações de letras (cl, d).


- Confusões originadas pela quantidade
 A criança, como consequência de uma confusão na quantidade de elementos intervenientes, confunde letras ou escreve uns neografismos inexistentes. Acontece quase sempre nos grafemas "n" e "m".


- Grafemas traçados numa direcção inadequada
É possivelmente uma das disgrafias mais frequentes, onde se pode dar todo o tipo de variantes. É uma incorrecção muito comum nos primeiros anos escolares, se bem que remete em alguns casos para o momento em que começam a produzir-se as ligações entre as letras.
 
- Letras sobreimpressas
A criança, ao escrever uma letra em direcção dextrógira sente-se obrigado a continuar o “caracol” para o poder enlaçar com a seguinte letra. Desta forma, tem que ser repassada para permitir a união. Costuma acontecer nos grafemas “o” e “a”, ainda que também seja observado no “d” e no “p”, e mais raramente na letra “e”.  
- Letras com traçados variados
Ao escrever uma letra, o aluno justapõe dois ou mais traços para a completar. Os traços podem aparecer sobrepostos ou isolados. É uma incorrecção frequente, onde a velocidade da escrita fica reduzida. As letras podem perder o seu significado ao ficarem em alguns casos desdobradas. Aparecem com frequência nas letras “a”, “d”, “g”, “p”, “m” e “n”.
 
 - Omissão de “caracóis”
Uma elevada percentagem de alunos omitem nas letras “b”, “v” e “o”, em consequência estes grafemas aparecem desligados. Pode acontecer, inclusivamente no interior de uma palavra com todas as palavras ligadas. Por vezes, principalmente nas combinações “br” e “be”, a omissão de caracóis pode provocar muitas confusões.
- Caracóis excessivos
Costuma acontecer nos grafemas “b”, “v” e “o”. A aparição de bucles excessivos pode provocar certas confusões. Por exemplo, quando o caracol do “o” é exagerado pode transformar-se numa letra completamente diferente, possivelmente a letra “a”.   
- Letras abertas
Pode acontecer nas letras que exijam uma regressão: “o”, “a”, “g” e “d”. O aluno ao traçar as letras reduz o movimento semicircular e fica reduzido a uma ligeira insinuação da curvatura. Deste modo, a forma arredondada fica atrofiada e transforma-se em forma aberta. 
- Letra atrofiada
Pode ser considerada uma atrofia quando o tamanho de uma letra dentro de uma palavra fique tão reduzido que dificulte a sua identificação. Em certas ocasiões a letra atrofiada fica reduzida a um simples giro. Costuma acontecer com muita frequência no grafema “e”.
- Angulações
A angulação forma parte, em muitos casos, de uma escrita pessoal. No entanto, quando a angulação é excessiva pode provocar algumas confusões. Considera-se que existem angulações, não quando não se respeitam as formas arredondadas das arcadas por evolução do grafismo, e sim no momento em que estas se transformem em pontas de lança que dificultem a identificação isolada dos grafemas.  
- Bastões descontínuos
Os bastões estão retocados com o fim de os prolongar. Os traços são descontínuos não por que haja uma incapacidade motora , e sim por erro. O aluno desenha uns bastões atrofiados. No entender do aluno, este estima ser necessário prolongá-las pelo que se faz necessário um agregado.
- Bastões em curva
Os bastões ascendentes que deveriam ser rectos, firmes e seguros estão dobrados quase sempre para trás e em forma de curva.

- Formas inchadas
As letras, que deveriam ser ovais e mais altas que largas, alargam-se na zona média da forma oval, cujo eixo horizontal é maior que o vertical.

  - Abaulamentos
As formas arredondadas das letras apresentam pequenas ondulações  irregulares nos traços ovalados. Os grafemas oferecem aspecto de estar estrangulados, abaulados. As mesmas irregularidades podem aparecer nas arcadas das letras “m”, “n”, “P” e “h” ou nos caracóis exteriores  de alguns grafemas que possuem bastõe como o “l”, “b”, “d”, “f”, “g” ou “j”.


- Tremor
São raros os casos escolares nos que se pode apreciar o tremor; neste as letras oferecem um traço oscilante e irregular: os grafemas parecem tremer. Estes casos costumam estar associados a estados patológicos.

- Letras retocadas
As letras depois de estarem concluídas são rectificadas com pequenos traços para camuflar as suas imperfeições. São frequentes as ligações que exigem regressão ou quando a qualidade da grafia obriga ao aluno a reestruturar uma letra reproduzida imperfeitamente.


- Letras incrustadas
A união entre os grafemas é possível graças à prolongação do primeiro deles. Em ocasiões, os grafemas aparecem justapostos, sem zonas neutras que os diferenciem. Podem encontrar-se vários tipos de incrustações. O mais frequente consiste em unir os grafemas sobreimprimindo -os. Desta forma dificulta-se a percepção das letras ao estar umas sobre as outras. Frequentemente, a incrustação obedece a uma eliminação do caracol ou à carência de uma zona neutra de enlace entre duas letras.


- Colagens
São agregados que o aluno utiliza para unir as letras de uma palavra. As letras são escritas incompletas ou desunidas. Um dos grafemas nos que aparece “colagens” com mais frequência é a “a”. O aluno ao não realizar a regressão, transforma este grifem numa espécie de “u”; posteriormente sente-se obrigado a  fechar o grafema agregando um ligeiro arco na parte superior.

  - Pontos em “x”
Consiste na justaposição das letras cujas ligações se cruzam. As uniões são muito imperfeitas, as letras não ligam e sim justapõe-se produzindo uma cruz. Na realidade não ocorre ligação entre os grafemas. Estes aparecem desligados e a união é tão imperfeita que não chega a coordenar-se os movimentos produzindo-se um característico choque entre o final de um grafema e os elementos de enlace da letra seguinte.

- Pseudouniões
Consiste no enlace das letras por justaposição. Realmente as letras não estão enlaçadas por um mesmo traço, mas sim estão apegadas umas a outras mediante os elementos de enlace. É uma correcção muito frequente, estando presente até entre professores, pelo que devemos ser cautos na hora de atribuir uma disgrafia pela presença exclusiva de pseudouniões.

  - Recheio das letras
Os caracóis de algumas letras, em especial o “e”, estão tão atrofiados que não se percebe o espaço delimitado pelo fecho da curva. O grafismo fica reduzido a um esquemático giro sem nenhum espaço em branco no interior.
- Sacudiduras
São ligeiras prolongações nos enlaces. Aparecem ao tentar estabelecer uma união que se alarga excessivamente. As letras prolongam-se desmesuradamente ao tentar enlaçá-las com as seguintes.
- Tamanho desproporcional das letras
O tamanho das letras é muito grande ou muito pequeno, de acordo com a dimensão média da altura dos grafemas, aproximadamente 2,5 mm. Devemos considerar que o tamanho está relacionado com a idade do aluno, e que, portanto deverá conceder-se uma margem entre dois ou três milímetros. Em alunos de primeiros anos não se considerará esta incorrecção.
- Desproporção entre as zonas gráficas
O alinhamento está dividido em três zonas: média, superior e inferior. Cada corpo tem aproximadamente 2,5 mm de altura. A altura total das letras que ultrapassam as linhas deve ser o dobro do tamanho médio dos grafemas escritos na zona média. Quando os bastões de algumas letras superam a zona superior, considera-se uma hipertrofia, quando não, uma atrofia.
- Desproporção do tamanho das maiúsculas
As maiúsculas devem ocupar a zona média e superior das linhas. Frequentemente produz-se uma atrofia ao reduzir a maiúscula ao tamanho de uma letra normal. Igualmente podem aparecer também algumas hipertrofias fazendo com que o tamanho de algumas maiúsculas superem o triplo da altura de uma vogal.
- Irregularidade na dimensão
Considera-se a presença de irregularidade na dimensão quando a altura das letras varie ao longo da escrita. As totalidades das letras deveriam ter um tamanho parecido. No entanto, temos de considerar como disgráfica uma diferença superior a 1 mm entre a letra maior e a mais pequena de uma palavra. Para considerar este item tem de se comparar sempre as letras da mesma zona gráfica. Quando as letras estejam formadas por bastões, a diferença deve ser superior a 2 mm.
- Letra estendida
Os grafemas são extraordinariamente largos em relação à altura, ainda que guardem uma relativa proporção entre eles. As letras parecem esparramarem-se na linha. Igualmente que na escrita encolhida, esta disgrafia tem que considerar-se só em casos extremos: crianças que com poucas palavras são capazes de ocupar uma linha.
 
- Escrita encolhida
As letras são muito estreitas em relação à altura. A escrita dá a sensação de estar contraída, dificultando a sua legibilidade.
- Separação irregular entre palavras
Os espaços entre as palavras são muito irregulares. Não existe um distanciamento equilibrado entre os vocábulos.
- Palavras apertadas
As palavras parecem estar aglomeradas umas à outras. A distância entre elas é muito pequena. O texto provoca a sensação de amontoamento. Considera-se que a distância entre as palavras deve ser aproximadamente ao dobro de uma vogal.
- Linhas ascendentes ou descendentes
As linhas devem manter certo paralelismo. Quando a inclinação supera os 6º, considera-se que a linha é ascendente ou descendente.
- Linha flutuante
A linha ondula produzindo pequenas subidas ou descidas. É uma incorrecção bastante generalizada.
- Linha quebrada
Considera-se linha quebrada quando a linha baixa e depois sube bruscamente simulando uma linha partida. As palavras parecem estar a bailar cada uma em sua direcção. Em ocasiões, a linha base de uma mesma palavra pode mudar bruscamente de direcção em uma ou em várias ocasiões.
- Espaço irregular entre as linhas
A distância que separa uma linha de outra não guarda nenhuma equidistância. As linhas aproximam-se ou afastam-se de forma irregular. Considera-se a presença de irregularidade entre as linhas quando a distância máxima no início e no fim da linha seja o dobro da separação mínima encontrada nessa mesma página. 
- Ausência de margens
O aluno não respeita as margens ao escrever. Podem surgir problemas tanto com a margem direita como com a esquerda ou com ambas.
- Conjunto sujo
A escrita dá a sensação geral de sujidade. O traçado é sujo, as letras estão retocadas, etc.
- Irregularidades de inclinação
A inclinação dos bastões pode variar tanto para a direita como para a esquerda.