Camara (2008) no texto 1 do artigo “Dificuldades e Aprendizagem” refere que a literatura sobre as dificuldades de aprendizagem se caracteriza por um conjunto desestruturado de argumentos contraditórios. Apesar do conceito de dificuldades de aprendizagem apresentar diversas definições e ainda ser um pouco ambíguo, é necessário que tentemos determinar ao que fazemos referência com tal expressão ou etiqueta diagnóstica, de modo que se possa reduzir a confusão com outros termos.
Elementos de definição mais relevantes:
- A criança com transtornos de aprendizagem tem uma linha desigual no seu desenvolvimento.
- Os seus problemas de aprendizagem não são causados por pobreza ambiental.
- Os problemas não são devidos a atraso mental ou transtornos emocionais.
Só é procedente falar em dificuldades de aprendizagem quando os alunos:
- Têm um quociente intelectual normal, ou muito próximo da normalidade, ou ainda, superior.
- O seu ambiente sócio-familiar é normal.
- Não apresentam deficiências sensoriais nem afecções neurológicas significativas.
- O seu rendimento escolar é manifesto e reiteradamente insatisfatório.
Frequentemente apresentam problemas nos seguintes campos:
- Actividade motora: hiperatividade ou hipoatividade, dificuldade de coordenação…
- Atenção: baixo nível de concentração, dispersão…
- Área verbal: problemas na codificação/ decodificação simbólica, irregularidades na lectoescrita, disgrafias …
- Emoções: desajustes emocionais leves, baixa auto-estima …
- Memória: dificuldades de fixação …
- Percepção: reprodução inadequada de formas geométricas, confusão entre figura e fundo, inversão de letras …
- Sociabilidade: inibição participativa, pouca habilidade social, agressividade.
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