O Programa de autocorrecção da escrita ( Vallés, 1996 cit. por Arándiga, 1998) é um outro programa inserido no modelo cognitivo que tem como objectivo consciencializar o aluno de que o processo de revisão escrita é fundamental para a melhoria da qualidade da sua escrita.
Os processos de autocontrolo supõe um objectivo didáctico desejável em todo o processo de correcção das tarefas escolares. No âmbito da escrita, o próprio aluno pode aprender a autocorrigir a sua própria produção gráfica de acordo com as pautas metodológicas que se lhe sugerirem. Pretende-se ensiná-lo a reflexionar sobre como pode melhorar as suas tarefas escritas através das estratégias que se utilizam para melhorar a qualidade da sua escrita. Os procedimentos de autocorrecção desenvolvem as capacidades metacognitivas, uma vez que exigem realizar revisões parciais das suas tarefas para perceber os erros e procedimentos para a sua correcção.
O modelo baseia-se nos seguintes aspectos:
1. Ideias Prévias
Inicialmente é necessário perceber o que os alunos entendem por correcção. Alguns podem atender apenas a aspectos de ortografia ou só aos aspectos da caligrafia.Deste modo, o professor deverá pôr em evidência que a correcção da escrita deve atender à ortografia, grafismo, apresentação, pontuação, limpeza, etc.
O modelo baseia-se nos seguintes aspectos:
1. Ideias Prévias
Inicialmente é necessário perceber o que os alunos entendem por correcção. Alguns podem atender apenas a aspectos de ortografia ou só aos aspectos da caligrafia.Deste modo, o professor deverá pôr em evidência que a correcção da escrita deve atender à ortografia, grafismo, apresentação, pontuação, limpeza, etc.
2. O processo de correcção com o objectivo de aprendizagem
O processo correctivo deve atender à observação à observação e manuseio de textos escritos que contenham erros ou aspectos a melhorar para familiarizar o aluno com a sua detecção e posterior melhoria.
3. A responsabilidade no processo de autocorrecção
Quando os próprios alunos corrigem as suas tarefas escritas estão a adquirir uma responsabilidade de o realizar como uma tarefa habitual. Isso exige uma sistematização na realização das tarefas de autocorrecção (programação didáctica das mesmas).
4. As situações comunicativas como conteúdo de escrita
A produção de textos deve corresponder a situações de comunicação e funcionais para o aluno. Os seus textos deverão servir-lhes para por exemplo convidar alguém para o seu aniversário, escrever cartas a amigos, fazer um simples relato sobre um tema da actualidade, escrever um conto simples.
5. Pautas para a autocorrecção
Para que a autocorrecção seja eficaz é necessário seguir umas normas ou guias de reflexão que provoquem no aluno respostas reflexivas acerca do que vai escrever, de como o vai fazer e de sobre o que escreveu.
O aluno deve responder às seguintes perguntas:
a) O que vais escrever?
b) Para que vais escrever?
c) Como vais escrever?
d) Quando terminares, como o vais corrigir?
e) Como comprovarás se está bem escrito?
Orientações Metodológicas
1. Realizar a autocorrecção de maneira imediata, isto é, não é aconselhável que haja um tempo excessivo entre a elaboração do texto e a sua correcção.
2. A autocorrecção oral é eficaz, pois a verbalização ajuda o aluno a tomar mais consciência da sua produção escrita.
3. Os alunos devem habituar-se a usar rascunhos prévios ao texto (produto final). Deve assumir-se com natururalidade que num primeiro documento possam aparecer erros ortográficos, má letra, etc. Situações que podem e devem ser corrigidas na produção do texto final.
4. A heterocorrecção ou a correcção em pares e pequenos grupos é também aconselhável, fazendo uso do diálogo e do intercâmbio de tarefas escrita.
5. A autocorrecção exige o uso de materiais de consulta (livro de texto, dicionário, apontamentos, etc.).
Modelo de Actividade do Programa de Autocorrecção de Vallés (1996)
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